Morreu professora aposentada Clarinda Ayres Piasson

Fotos: Arquivo Pessoal

Clarinda Ayres Piasson, 65 anos, nasceu no dia 23 de fevereiro de 1953, em Santa Maria. Foi casada com Jonatas Pussolino Piasson, famoso advogado da cidade, já falecido. Ela teve três filhos: Jonatas Ayres Piasson, 38, Anderson Piasson, 33, e Patrícia Piasson, 41. Clarinda também era avó de Maria Clara, Maria Eduarda, Lucas e Ana Cecilia.

Moradora do Bairro Fátima, desde criança, era bastante apegada à família, especialmente ao pai e às tias. Formou-se em Letras na Faculdade Imaculada Conceição (FIC) que, atualmente, é a Universidade Franciscana (UFN), e trabalhou em diversas escolas estaduais de Santa Maria. Além disso, ministrou aulas no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), onde, nos anos 1970, conheceu o marido. Como universitário, cursando o curso de Direito, Jonatas Piasson também dava aulas no Mobral.

O filho Jonatas, que leva o mesmo nome do pai, conta que a mãe era querida pelos colegas e pela maioria dos alunos para os quais lecionou. A última escola na qual Clarinda trabalhou foi a Escola Estadual General Gomes Carneiro, no Bairro Patronato.

- Minha mãe conseguiu, através da educação, transformar a vida de muitos alunos que tinham um futuro incerto. A maioria soube valorizar. Alguns não tinham nem tênis para ir para a aula, ela dava lápis e caneta - lembra, com carinho, Jonatas.

Quando não estava trabalhando, Clarinda gostava de ficar em contato com a natureza e acampar. Como várias mulheres da sua geração, era apaixonada pelas músicas de Roberto Carlos.

A educadora Clarinda dedicou a vida à alfabetização de crianças e, também, de pessoas mais velhas que ela. Desta maneira, colecionou amigos e admiradores, que viam nela não apenas uma autoridade em sala de aula, mas uma oportunidade única de inclusão social.

- Além de uma mãe e avó extremamente carinhosa, ela foi uma grande educadora que sempre quis trabalhar diretamente com as crianças em fase de alfabetização e com adultos que precisavam aprender. Ela só deixou o trabalho quando realmente ficou debilitada e não pode mais exercer sua vocação. Durante todo o tratamento contra o câncer, foi otimista e demonstrou vontade de viver - emociona-se a filha Patrícia.

Em 27 de novembro de 2018, ela faleceu vítima de um câncer no pâncreas. Clarinda foi sepultada no cemitério Santa Rita de Cássia.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122